ARTISTS
ÂNGELA BRITO
{CABO VERDE}
Natural de Cabo Verde, Angela Brito mantém uma forte ligação com seu país de origem, utilizando as memórias que cultivou lá como inspiração em sua identidade e imagem. Considerando-se uma cidadã do mundo, viveu em lugares como Lisboa e Rio de Janeiro, onde reside atualmente. Seu interesse pela moda começou cedo, e embora tenha estudado e trabalhado na área tecnológica, decidiu seguir sua paixão, criando a marca ANGELA BRITO em 2014. Seu design é inspirado na reinvenção de imagens cabo-verdianas, buscando um diálogo entre tradição e vanguarda, continuidade e inovação. A marca enfatiza a criação de peças minimalistas, mas fortes, para mulheres contemporâneas que buscam sofisticação, beleza, qualidade, conforto e durabilidade. As peças são feitas à mão no atelier e refletem uma relação sustentável com as experiências e estilos de vida de seus consumidores, traduzindo a essência e o estilo de vida da marca.
ART COMES FIRST
{ANGOLA/GHANA/UK}
Baseado em Londres, Art Comes First é um movimento criativo fundado por Sam Lambert (Angola) e Shaka Maidoh (Ghana). O projeto estende sua expressão artística a uma forma de artesanato cultural, refletida em peças de vestuário, produtos e colaborações em todo o mundo. A dupla prioriza a arte em sua expressão, liderando um estilo que mistura o sartorialismo inglês tradicional com o punk britânico e uma filosofia de faça-você-mesmo. A visão de Art Comes First propõe uma meta-arte que serve como um centro de proteção, nutrição e impulso para diversas formas de expressão artística, como Fotografia, Pintura e Performance, transformando a experiência básica em algo mais sublime e divino.
BEL COELHO
{BRASIL}
Nascida em São Paulo, Bel Coelho, com 25 anos de carreira, é uma militante da alimentação saudável e acessível, promovendo o uso de ingredientes nativos e a preservação das culturas alimentares do Brasil. Envolvida com organizações como Greenpeace e Slow Food, ela é responsável pela cozinha do Cuia Café desde 2021, onde ganhou o prêmio de Melhor Endereço Bom e Barato na Veja Comer e Beber. Na televisão, apresentou programas como "Food Connection" e "Receitas de Viagem", explorando culinárias regionais. Bel é também conhecida por seu restaurante itinerante Clandestino, que retornará em 2022 após uma pausa na pandemia. Formada pelo Culinary Institute of America, passou por cozinhas renomadas como El Celler de Can Roca e D.O.M, adquirindo técnicas e conhecimento que lhe conferiram prestígio. Além de sua carreira, Bel é mãe de dois filhos e ativista de causas sociais.
DINO D’SANTIAGO
{PORTUGAL/CABO VERDE}
Nascido em Quarteira, Dino d'Santiago é um músico e ativista luso-cabo-verdiano que mistura na sua música soul, hip-hop, batuku e funaná. Uma assinatura orginal afro-pop centrado na música de Cabo Verde. O album "Eva" (2013) apresentou-o ao mundo mas foi a trilogia "Mundu Nôbu", "KRIOLA" e "BADIU" (2019-2021) que fez dele o músico mais premiado dos PLAY, os Prémios de Música Portuguesa. Dino é também conhecido pelo seu ativismo em prol da equidade e igualdade social, tendo fundado o projeto Lisboa Criola e sido reconhecido como uma das 100 pessoas afrodescendentes mais influentes em 2021 pela MIPAD. Em 2022, liderou a curadoria do evento Jardins de Verão na Fundação Calouste Gulbenkian, premiado como evento do ano pela revista Time Out. Em 2023, foi escolhido pelo jornal Expresso como uma das 50 figuras que podem definir o futuro de Portugal.
INDI MATETA
{ANGOLA}
Nascida em Luanda, Indi Mateta é uma DJ e artista multidisciplinar a residir atualmente em Lisboa. A sua arte é uma forma de contar histórias, refletindo tudo o que aprendeu sobre si mesma, suas origens e negritude. Influenciada pelo pai, o jornalista Paulo Mateta, a sua paixão pelas artes visuais começou com a fotografia e gradualmente expandiu-se para o vídeo, incluindo a produção de um mini documentário. Esse filme, indicado para os prémios Angola Move de 2021, aborda o mito urbano "Caixão Vazio" que aterrorizava Luanda nos anos 90. Mateta é fascinada por diversas formas de expressão, com um foco particular na música africana e na música criada pela diáspora negra.
DJ JOÃO REIS
{ANGOLA}
Nascido em Luanda, João Reis é um DJ especializado em kizomba. Começou a sua carreira nos anos 80 em Portugal, na discoteca Kandando. Sendo parte integrante da diáspora africana em Lisboa, foi uma peça-chave na evolução da música jovem angolana, estando na vanguarda da incorporação de elementos eletrónicos. A sua habilidade em misturar kizombas conduziu-o à cabine do mítico clube Mussulo, e a colaborações com lendas como Eduardo Paim e Paulo Flores. Durante a década de 90, marcou presença em Angola, onde inspirou uma nova geração de DJs, tornando-se uma figura pioneira na cena da kizomba. Hoje, João Reis é uma personalidade venerada, frequentemente convidado para eventos variados. A sua carreira é um testemunho da sua paixão pela música, da inovação constante e do papel proeminente que desempenha na evolução da kizomba.
KALAF EPALANGA
{ANGOLA}
Nascido em Benguela (1978), Kalaf Epalanga é um pai, escritor e músico radicado em Berlim. Membro da banda Buraka Som Sistema. Foi cronista do jornal O Público, GQ Portugal, Rede Angola e revista brasileira Quatro Cinco Um. Também os Brancos Sabem Dançar (Todavia, 2018) é o seu primeiro romance. O seu novo livro de crônicas intitulado “Minha pátria é a língua pretuguesa” será editado pela Todavia em setembro de 2023.
MANECAS COSTA
{GUINÉ BISSAU}
Nascido em Cacheu (Guiné-Bissau), Manecas Costa é um cantor, compositor e guitarrista radicado em Lisboa. Costa cresceu rodeado pelas ricas tradições musicais da sua terra natal, incluindo os coros Manjak e Jola, os balafons dançantes Balanta, a música Manding kora e a sensualidade sedutora do Gumbé, uma expressão musical e dança predominante na sua terra natal, que é acompanhada por um tambor de água. O autor do álbum "Fundo di Matu" começou a tocar guitarra aos nove anos, inspirado pelo lendário guitarrista guineense José Carlos Schwarz, e criou a banda 'Africa Live' com o seu irmão Nelson. A fama local de Costa era tão grande na sua adolescência que a UNICEF decidiu nomeá-lo Embaixador da Boa Vontade.
ONDJAKI
{ANGOLA}
Nascido em Luanda (1977). Ondjaki é um escritor e editor licenciado em Sociologia pelo ISCTE (Portugal) e doutorado em Estudos Africanos (L’Orientale, Napoli/Itália). Prosador e poeta, também escreve para cinema. É membro da União dos Escritores Angolanos. Recebeu os prémios Sagrada Esperança (Angola, 2004); Conto – A.P.E. (Portugal, 2007); FNLIJ (Brasil, 2010 & 2014); JABUTI juvenil (Brasil, 2010); prémio José Saramago (Portugal, 2013) e prémio Littérature-Monde (França, 2016) com o livro "Os Transparentes". Está traduzido para francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio e sueco. Fundador da editora Kacimbo e da livraria Kiela, ocasionalmente, é professor de escrita criativa.
ROBERTO BARRETO (BAIANASYSTEM)
{BRASIL}
Nascido em Salvador, Roberto Barreto é um produtor, guitarrista, compositor e fundador do banda BaianaSystem e Lampirônicos, com a qual fez um trabalho de pesquisa com ritmos nordestinos mesclados com rock e elementos de música pop e eletrônica. Tocou com bandas e artistas como Dionorina, Walter Queiroz, Ivete Sangalo, Timbalada, Lucas Santtana e Davi Moraes. Formado em jornalismo, desde 2006 que produz programas para a Rádio Educadora FM, como “No Balanço do Reggae”, “Rádio África” e “Radioca” que se desdobrou em um festival anual e, mais recentemente, em um podcast.
SEMAYAT OLIVEIRA
{BRASIL}
Nascida em São Paulo, Semayat Oliveira é jornalista, co-fundadora e diretora de conteúdo do Nós, Mulheres da Periferia, site jornalístico que desde 2014 se dedica a repercutir a opinião e a história de mulheres negras e periféricas. Ela é consultora de jornalismo e co-apresentadora do podcast Mano a Mano, conduzido pelo rapper Mano Brown e ganhador do CCXP Awards e indicado ao prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). Em 2022, Semayat venceu o troféu Mulher Imprensa, na categoria liderança.
YULIANA ORTIZ RUANO
{EQUADOR}
Nascida em Esmeraldas, Equador, Yuliana Ortiz Ruano é licenciada em Letras com especialização em Artes e Escrita. Professora investigadora na Universidad de las Artes de Ecuador. Publicou ‘Canciones desde el fin del mundo’ (Libero Editorial, Madrid, 2021) e ‘Cuaderno del imposible retorno a Pangea’ (Ediciones Libros del Cardo, Valparaíso, 2021 - Recodo Press, Quito, 2021 - Amauta & Yaguar, Buenos Aires, 2022). Fiebre de carnaval (La Navaja Suiza, Madrid, 2022), galardoado com o prémio IESS Primo Romanzo Latinoamericano, (Itália, 2023). Com o livro de contos ‘Litorales’ (Recodo Press, 2023), ganhou o prémio IFCI do Ministério da Cultura do Equador. A sua poesia foi traduzida para português, inglês e alemão.
ARMANDO CABRAL
{GUINÉ BISSAU}
Nascido na Guiné-Bissau e criado em Lisboa, Armando Cabral é um modelo, pai, viajante do mundo e o fundador e diretor criativo de sua marca de luxo homônima, lançada em 2009. Especialmente apaixonado por sapatos, seu conhecimento e experiência na indústria da moda o levaram a perceber uma oportunidade para criar uma marca de calçados que combinasse elegância e acessibilidade. Hoje, a marca ARMANDO CABRAL continua a crescer e evoluir, oferecendo uma coleção diversificada de calçados e acessórios de luxo. Seus produtos refletem uma perspectiva única, unindo a herança africana ao artesanato europeu sob medida, e atraindo fãs leais em todo o mundo.
BATIDA
{ANGOLA/PORTUGAL}
Nascido no Huambo e criado perto de Lisboa, Pedro Coquenão aka Batida, é um DJ e produtor, dono de um trabalho multifacetado que abrange Rádio, Música, Dança, e Artes Visuais e Plásticas. Famoso por seus raros e influentes DJ Sets, tornou-se o primeiro artista Português e Angolano a realizar uma sessão no Boiler Room, somando cinco sessões em cidades como Londres, Paris, Berlim e Lisboa. Suas músicas e remisturas são reconhecidas em catálogos de grandes gravadoras. Foi elogiado por Gilles Peterson na BBC 6 Music pela originalidade na apresentação e abordagem à música. Em 2023, colaborou com artistas como Branko, Poté, Dj Dolores e Bonga em uma série de b2B especiais, alinhados com seu disco mais recente, “Neon Colonialismo”
BRANKO
{PORTUGAL}
Nascido em Lisboa, Branko é um produtor, compositor, DJ, e figura proeminente no ativismo da Global Club Music. É o fundador da label Enchufada e do grupo Buraka Som Sistema. Em 2015, lançou seu álbum "Atlas", que foi seguido de apresentações internacionais. Iniciou uma residência na rádio NTS (UK) em 2017 com o programa "Enchufada na Zona". Em 2019, lançou o álbum "Nosso", que contou com participações de Mallu Magalhães, Dino D'Santiago, Catalina García, Pierre Kwenders entre outros, e se apresentou em grandes festivais em Portugal, além de datas esgotadas no Capitólio. Em 2020, Branko realizou uma atuação icônica na Avenida da Liberdade em celebração ao 25 de Abril. O ano de 2022 foi marcado por diversas atuações importantes e pelo lançamento de um álbum de originais intitulado "OBG".
DJODJE
{CABO VERDE}
Nascido em 1989 na Ilha de Santiago, Djodje é um aclamado cantor e produtor, influenciado desde jovem pelo ambiente musical da sua família. Aos dez anos, formou o grupo TC e, um ano depois, sua vitória em um concurso catapultou sua carreira. Em 2009, ele co-fundou a editora Broda Music, consolidando-se no cenário musical com hits, colaborações e álbuns marcantes. Com mais de 260 milhões de visualizações no YouTube e concertos memoráveis em Portugal, Djodje comemorou duas décadas de carreira com o lançamento do álbum "Mininu di oru" em 2021. Este projeto, que conta com a participação de artistas renomados como Deejay Télio, Julinho KSD, Irina Barros, Manecas Costa e Emicida, e transita entre estilos como kizomba e afropop, solidifica Djodje como uma das maiores promessas da música africana atual.
JOSS DEE
{ANGOLA}
Nascido em Luanda, Joss Dee é um DJ e designer gráfico radicado no Rio Janeiro que cresceu influenciado pelo kuduro, gênero musical de seu país natal. Ao chegar ao Brasil, expandiu seu repertório com influências do funk e diversos estilos afro-brasileiros. Em 2020, lançou sua primeira obra solo, "The Hot Tape", e tornou-se membro da Academia do Prêmio Multishow. Tocou com grandes artistas, como Erykah Badu e Criolo, e sua música foi destaque no Rock in Rio. Joss Dee também é produtor e curador da festa Okupiluka, dedicada à música africana, e faz parte da produtora Mandinga Beat.
KADY
{CABO VERDE}
Nascida em Santiago (1987), KADY é uma cantora e compositora, cuja carreira musical começou na infância, participando em bandas e ganhando o prémio de melhor voz infantil de Cabo Verde. Na adolescência, integrou um grupo de rock e fez teatro. Já adulta, estudou música nos Estados Unidos, Brasil e Portugal. O seu álbum de estreia, "Kaminho", foi lançado em 2015, misturando influências cabo-verdianas e norte-americanas. Em 2016, recebeu uma bolsa da Berklee College of Music, e em 2020 participou no Festival da Canção (Portugal) com a canção “Diz Só”. Atualmente, KADY está numa fase de transição e renascimento, explorando uma fusão entre a música pop e a tradicional de Cabo Verde, com um foco no empoderamento e orgulho da mulher africana.
KIZOMBA YETU
{ANGOLA/BRASIL}
Baseado em São Paulo, o KIZOMBA YETU é um coletivo de dança composto por brasileiros e um angolano residentes na capital paulista. Desde 2018, tem vindo a realizar intercâmbios culturais com o objetivo de divulgar e propagar os ritmos angolanos e brasileiros de matriz africana, fortalecendo, respeitando e cultivando as origens e identidade dos mesmos. Desde 2019, o coletivo tem sido patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura, inicialmente através do programa VAi 1 (Valorização de Iniciativas Culturais), seguido pela Lei Aldir Blanc em 2020, e em 2021 pelo Edital de Retomada das Atividades Múltiplas Linguagens. O grupo tem estado ativo na realização do projeto denominado "Intercâmbio Cultural Brasil & Angola", organizando vários workshops gratuitos de danças angolanas e brasileiras nas Casas de Cultura e Centros Culturais de São Paulo.
MARISSA J. MOORMAN
{ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA}
Nascida em Chicago, Marissa J. Moorman é Professora Catedrática de Estudos Culturais Africanos na University of Wisconsin-Madison Doutorada em História de África (2004) pela University of Minnesota, EUA, e é autora das obras Intonations: a Social History of Music and Nation Luanda, Angola, 1945 to Recent Times, (Ohio University Press, 2008), Powerful Frequencies: Radio, State Power, and the Cold War in Angola, 1931-2002, (Ohio University Press, 2019) e 'Sons da Nação: História Política e Social da Música Urbana de Luanda, 1945-2002', (Mercado de Letras, 2023). A autora é também diretora do Centros de Estudos Africanos na University of Wisconsin-Madison e é editora do jornal académico The Journal of African History, Cambridge University Press. É membro do conselho editorial do blogue Africa is a Country; e do colectivo editorial Radical History Review.
PAULO FLORES
{ANGOLA}
Nascido em Luanda, Paulo Flores é um autor, compositor e intérprete que há mais de trinta anos tem vindo a construir uma obra notável, onde a poesia e as melodias sustentam uma narrativa que faz de forma única um retrato traduzido da alma angolana. Fez parte do movimento da Kizomba no final da década de 80. O autor de "Poema do Semba" inscreve o seu trabalho numa linguagem que assenta na procura e na valorização do património musical angolano, com espaço para a influência de outros géneros musicais e influências caribenhas, brasileiras, afro-cubanas e africanas. Paulo Flores é também Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas em Angola.
RUSSO PASSAPUSSO (BAIANASYSTEM)
{BRASIL}
Nascido em Feira de Santana (Bahia), Russo Passapusso é um cantor, compositor, pesquisador, escritor e membro fundador da banda BaianaSystem e, tanto nela quanto na carreira solo, é conhecido pela mistura de ritmos como hip-hop, reggae, arrocha e samba de Recôncavo em suas composições.
STEPHANIE RIBEIRO
{BRASIL}
Nascida em Araraquara (São Paulo) Stephanie Ribeiro é uma arquiteta, escritora, palestrante e feminista negra reconhecida por seu ativismo interseccional e pela crença na responsabilidade social dos arquitetos. Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, ela contribuiu com textos para portais como ArchDaily, Vitruvius e Casa Vogue, e foi homenageada com a Medalha Theodosina Ribeiro em 2015. Stephanie foi coautora de um livro premiado e foi nomeada uma das afrodescendentes mais influentes do mundo em 2018. É colunista da revista Marie Claire e apresentadora do programa "Decora-se" no GNT, onde usa sua habilidade em arquitetura para transformar espaços em casas de famílias. Em 2020, foi nomeada uma das personalidades brasileiras da Forbes Under 30. O programa "Decora-se" continuou a evoluir, com Stephanie dividindo a apresentação com a atriz Cláudia Raia em sua última temporada, trazendo cenários de novelas icônicas da Rede Globo como inspiração para os projetos de decoração.